A diabetes é uma doença bastante comum no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes há mais de 14 milhões de pessoas vivendo com a doença no país. No entanto, muitas pessoas não sabem ao certo o que é diabetes, seus sintomas e tratamentos.

Pensando nisso, reunimos aqui todas as informações que você precisa saber sobre essa doença. Acompanhe!

Afinal, o que é diabetes?

A diabetes é uma doença crônica que impede o organismo de produzir insulina ou prejudica a ação desse hormônio no corpo. Isso causa um aumento dos níveis de glicose no sangue, o que pode gerar um aumento do risco de problemas cardíacos e nos rins.

Isso acontece porque a insulina é responsável por controlar a quantidade de açúcar no sangue ao permitir que ele entre nas células. Então, se o pâncreas não consegue produzir a insulina em quantidade suficiente ou se esse hormônio não consegue agir da maneira adequada, ocorre o que chamamos de hiperglicemia.

Existem dois tipos de causas diferentes: diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2. Então, para entender o que é diabetes é importante saber mais sobre cada um deles. No entanto, independentemente do tipo, a manutenção da glicemia em níveis acima dos valores considerados normais é uma característica comum.

Diabetes tipo 1

O tipo mais frequente da doença é o tipo 1, também conhecido como diabetes juvenil. Isso porque ela surge antes da idade adulta, gestacional e secundária a outras doenças.

 Nesse tipo de diabetes, ocorre o que chamamos de destruição autoimune. Por isso, a produção de insulina pelo organismo não é atinge os níveis considerados normais.

É por essa razão que os pacientes com essa condição precisam de injeções de insulina para regular a glicose no sangue. Esse cuidado é fundamental, uma vez que há um risco de vida se as doses não forem dadas diariamente.

Além disso, também é necessário adorar um planejamento alimentar e a prática de exercícios físicos.

Diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 é uma combinação da redução da secreção da insulina e a resistência do organismo a esse hormônio. Ele também chamado de diabetes do adulto.

Nesses casos, considera-se que cerca de 25% dos pacientes requerem utilização de insulina. Isso porque, à medida que a doença progride, ocorre uma perda funcional das células produtoras desse hormônio e, necessariamente, o paciente terá que fazer a reposição.

A diabetes tipo 2 é mais comum em pessoas acima dos 40 anos e equivale a 95% de todos os casos. Em geral, está associada ao excesso de peso, por isso também pode aparecer com frequência em jovens em virtude dos maus hábitos alimentares, sedentarismo e estresse.

Nesses casos, a elevação do nível de glicemia e os sintomas decorrentes ocorrem de forma gradual e silenciosa ao longo dos anos. Por isso, o diabetes tipo 2 deve ser ativamente rastreado.

O que ocorre na maioria desses casos é que a insulina produzida pelo organismo tem a sua ação dificultada pela obesidade, o que conhecemos como resistência à insulina. Essa é uma das causas da hiperglicemia.

Por não apresentar sintomas, esse tipo de diabetes pode permanecer por muitos anos sem diagnóstico. É por isso que podem ocorrer complicações no coração e no cérebro, principalmente.  

Entretanto, em casos mais leves, ela pode ser controlada com a adoção de novos hábitos de vida, como atividades físicas regulares e um planejamento alimentar saudável. Já em casos mais sérios, pode ser necessário o uso de insulina e outros medicamentos para controlar os níveis de glicose no sangue.

Diabetes gestacional

Após conhecer os dois tipos mais comuns, é hora de entender o que é diabetes gestacional. Essa condição, como o nome já sugere, aparece durante a gravidez, já para permitir o crescimento do bebê, a placenta reduz a ação da insulina.

Essa resistência causa um aumento das taxas de açúcar no sangue acima do normal. Como consequência, o pâncreas passa a produzir mais insulina, causando a diabetes gestacional.

No entanto, como os seus sintomas são silenciosos, é essencial fazer um acompanhamento durante a gestação. Além disso, essa condição pode persistir ou não após o parto.

Entretanto, mulheres que apresentaram diabetes gestacional possuem maiores chances de desenvolverem diabetes tipo 2, assim como seus filhos.

Isso acontece porque, quando encontra em contato com grandes quantidades de glicose, o bebê pode ficar suscetível a maiores riscos de crescimento excessivo. Por essa razão, podem ocorrer partos traumáticos, além de hipoglicemia neonatal e até obesidade e diabetes.

Pré-diabetes

Este termo é usado para indicar que o indivíduo está entre a condição saudável e o diabetes tipo 2. Isso porque para o diabetes tipo 1, a pessoa já nasce com uma inclinação genética que possibilita o desenvolvimento da doença em qualquer fase da vida.

Isso acontece porque o paciente apresenta níveis de glicose no sangue acima do normal, mas ainda não atinge a classificação de diabéticos.

Para descobrir a taxa de glicemia, basta apenas uma gota de sangue. Para ser considerado normal, os níveis de glicose devem estar abaixo ou igual a 99 mg/dl, quando a dosagem é feita em jejum de oito horas.

Quando o resultado do exame varia de 100 a 125 mg/dl, significa que a glicemia está alterada e que o paciente pode ter pré-diabetes. Nesses casos, o paciente poderá começar a cuidar da saúde para reverter este quadro.

Mas, para isso, algumas medidas deverão ser adotadas, como: mudança nos hábitos alimentares e a prática de exercícios físicos.

Nesses casos, é preciso fazer um teste oral de tolerância à glicose, também conhecido como curva glicêmica. Para isso, o paciente deve beber uma solução açucarada e repetir a coleta de sangue de meia em meia hora, ou só após duas horas.

Outro exame de sangue que tem sido usado no diagnóstico e no controle de diabetes é a hemoglobina glaciada (HbA1c), uma média que reflete os níveis glicêmicos dos últimos três ou quatro meses e independe de jejum.

Além desses tipos, também existe a diabetes com causas especificas, como aquela decorrente de doenças no pâncreas. 

Por isso, além de saber o que é diabetes, é importante saber que, quando ela surge de repente no adulto, sem que exames tenham indicado alterações glicêmicas, é aconselhável pedir outros exames para descartar qualquer outro problema no pâncreas.

Principais sintomas

Agora que você já sabe o que é diabetes, veja como identificar os seus principais sintomas do excesso de açúcar no sangue. Dentre os principais estão: perda de peso, sede intensa, urina em excesso, fadiga e mal-estar crônico.

Em alguns casos, também podem ocorrer infecções na região genital, tanto no homem quanto na mulher. Além disso, podem aparecer sensações de formigamento ou dores nos membros inferiores.

No diabetes tipo 1, as manifestações surgem rápido. Entretanto, a diabetes tipo 2 é pouco sintomática e, por isso, pode levar anos, o que possibilita o surgimento de alguma outra complicação.

Por isso, é importante também conhecer os fatores de risco, que são: excesso de peso acima dos 40 anos, histórico de familiares de primeiro grau com diabetes, histórico de doenças cardiovasculares (AVC ou infarto), alterações nos níveis de glicemia, excesso de triglicérides, níveis baixos de colesterol bom (HDL) e hipertensão arterial sistêmica.

A diabetes também pode surgir em mulheres acometidas pela doença na gestação, além de casos de síndrome de ovário policístico.

Tratamento

Agora que você já sabe o que é diabetes e seus sintomas, é hora que conhecer os principais tratamentos. Isso porque, embora ela seja uma doença incurável, os avanços tecnológicos permitem que todos os tipos sejam controlados.

Quando falamos da diabetes tipo 2, é possível controlar os sintomas com a adoção de hábitos alimentares atrelada à prática de exercícios regulares, sempre acompanhados de profissionais capacitados.

Caso essas medidas não sejam suficientes para o controle dos níveis de glicose, é necessário iniciar a introdução de medicamentos orais.

Já para a diabetes do tipo 1, por ser uma disfunção autoimune, é necessária a rápida introdução de tratamento medicamentoso atrelado a mudanças de hábitos e acompanhamento multidisciplinar. 

No início, muitos pacientes com diabetes podem conquistar bons resultados com uma dieta equilibrada e exercícios. Entretanto, é essencial seguir todas as orientações médicas. Além disso, evite dietas e chás que prometem tratar o diabetes de forma natural.

Isso porque os especialistas esclarecem que não há evidências suficientes de que isso, de fato, funcione. Além disso, existem diversos estudos científicos que demonstram os benefícios de algumas substâncias ou alimentos para o controle do diabetes, mas nenhum deles substitui as outras medidas.

Por isso, é importante entender de forma detalhada os principais cuidados. Veja só!

Planejamento alimentar

Após o diagnóstico da diabetes o primeiro passo é consultar um nutricionista. Afinal, é ele quem vai elaborar um plano alimentar de acordo com as suas necessidades específicas.  

Isso porque o consumo de carboidratos, inclusive o presente nas frutas, legumes e cereais, deverá ser controlado. Além disso, é importante priorizar o consumo de alimentos com baixo índice glicêmico. Isso porque não geram um pico de glicose no sangue.

É importante entender também que nem todos os produtos diet são saudáveis para diabéticos e, por isso, não podem ser consumidos à vontade.

Atividade física

Os exercícios físicos funcionam como um remédio para os diabéticos, já que fazem com que a glicose seja melhor aproveitada pelos músculos. Isso também vale para atividades aeróbicas, como corridas e caminhadas, que também ajudam a reduzir a gordura visceral e o peso.

Além disso, as atividades físicas também ajudam no controle da glicemia e na prevenção de complicações comuns, como doenças cardiovasculares e depressão. Mas atenção: é fundamental realizar o acompanhamento com um profissional, afinal, o excesso pode causar hipoglicemia.

Insulinoterapia

As injeções de insulina são indispensáveis para pacientes com diabetes tipo 1 e necessárias para alguns pacientes com diabetes tipo 2. No entanto, esse tratamento já possui alternativas fáceis de serem aplicadas e que causam menos desconforto, como é o caso das canetas com agulhas finíssimas.

Entretanto, as doses e o esquema de aplicação podem depender dos resultados da glicemia e, por isso, variam de acordo com o caso de cada paciente. Portanto, somente o médico pode indicar o melhor tratamento.

Qual é a relação com o consumo de açúcar

É comum que as pessoas associem a diabetes ao consumo de açúcar. No entanto, essa relação não é totalmente verdade, afinal, já mostramos acima que essa doença possui diversas causas.

Porém, o açúcar em excesso pode contribuir para o ganho de peso, e esse é um fator de risco para o diabetes tipo 2. Além disso, alguns estudos mostram que o consumo em excesso de bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados, aumenta de forma considerável o risco de desenvolver essa condição.

Outra dúvida bastante comum é em relação ao consumo de açúcar por pacientes diabéticos. Nesses casos, o açúcar pode ser consumido desde que a quantidade de carboidratos também seja computada.

Com o controle adequado da doença, é possível abrir exceções em ocasiões especiais e consumir doces comuns, seguindo a recomendação do nutricionista. Ninguém precisa abrir mão de alimentos por causa do diabetes, ok? Mas, para isso, é importante seguir à risca os cuidados indicados pelo nutricionista.

Aumento do número de casos

Segundo o relatório da Federação Internacional do Diabetes, de 2017, a doença afeta mais de 420 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, por exemplo, a prevalência da diabetes após os 65 anos é estimada em 19% e exige cuidados especiais.

Além disso, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 40% dos adultos com a condição ainda não receberam o diagnóstico. Esse número causa preocupação, já que os períodos prolongados de hiperglicemia podem danificar órgãos, nervos e vasos sanguíneos de maneira irreversível.

Dentre aos fatores responsáveis pelo aumento considerável de diabéticos, estão: rápida urbanização, transição nutricional, estilo de vida sedentário, excesso de peso, crescimento e envelhecimento populacional.

De acordo com algumas pesquisas, mais da metade da população está acima do peso, e os hábitos dos brasileiros impactam no crescimento da obesidade e aumentam a prevalência de diabetes e hipertensão.

Entendeu o que é diabetes e por que é importante repensar alguns hábitos e cuidados com a saúde?

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